terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Medo do futuro.

Eu tenho medo. Medo de crescer e medo da responsabilidade que vem com tudo isso. Tenho medo de perder meus amigos, tenho medo da evolução de tudo e tenho medo de ficar para trás. Eu tenho medo da eternidade. E tenho medo de cair na monotonia.

Eu tenho medo de perder meus amigos, exatamente.







Tenho medo porque o terceiro ano não foi eterno e agora não restou mais nada, apenas lembranças e fotos. E eu sei que, daqui por diante, é cada um por si, seguindo seu caminho, sua escolha. Eu tenho medo disso...

Meus amigos são as pessoas mais fortes que eu já vi. São mulheres de verdade (você, Leandro,
está no meio.). São elegantes, simpáticos, extrovertidos, cada um com sua personalidade. E eu só sou a menina que precisa crescer no meio deles, que não tem coragem suficiente para ligar e dizer: “Preciso de vocês.”.

Meus amigos são doutores; são aquelas pessoas que não tem medo de chorar em seu ombro e dizer, em uma sala cheia, a frase que te deixa com as bochechas vermelhas, muito vermelhas: “Você fica gostosa com essa calça. Deveria usar mais.”.




Meus amigos têm os abraços mais fortes, os beijos mais estalados, e a felicidade mais pura. E eu tenho medo de cair no esquecimento. Tenho medo de esquecer a sensação de sentar no chão do busão cheio, jogar baralho enquanto canta Green Day, indo em direção ao Ibirapuera. De comer aquela gororoba estranha – salgadinho com Yo-Yo Cream. De ouvir a tão famosa frase pronunciada em meio à gargalhadas: “May, sua besta, é assim que se abraça!”, e logo em seguida sentir os braços dela envolvendo meu pescoço e um beijo estalado em meu ouvido que me deixa zonza, seguido de um: “Velho, você me deixou surda.”.


Eu tenho medo de esquecer as poses legais e os tombos hilariantes-que-não-são-tão-hilariantes-no-começo. Tenho medo de não escorregar mais na rua e ouvir alguém gargalhando da minha desgraça e gritando: “Quer uma massagem na bunda, sua mole?”.

Eu tenho medo de perder a sinceridade de uma criança e entrar na falsidade adulta. De perder o livre acesso às cores, e entrar no preto e branco do futuro. Tenho medo de que caia sobre os abraços, as mãos dadas, e as brincadeiras; o comprimento de relações públicas. De passar na rua e não cumprimentar mais meus amigos com um abraço apertado.

Quando falo isso para minha mãe ela ri... ela já está na falsidade adulta, o mundo dela se tornou preto e branco. Eu tenho medo que aconteça isso comigo...




A introdução de Postcards From Italy não sai da minha mente e eu tenho a melhor sensação de nostalgia quando ouço essa música, e isso é uma informação desnecessária aqui.


The times we had
Oh, when the wind would blow with rain and snow
Were not all bad
We put our feet just where they had, had to go
Never to go.




Não ria das fotos, rsrsrsrs.

3 comentários:

João "Johnny" Roberto disse...

Sabe o que é extremamente, estranhamente, engraçado e, ao mesmo tempo, confuso? Eu lendo os seus 2(dois) pots, eu senti como se já a conhecesse, como se você fosse uma amiga minha de eras e a gente saísse nos finais de semana para bagunçar no Iguatemi ou que a gente já tivesse tido longas conversas, como se a gente já tivesse trocado confidências, como se você estivesse aqui comigo, tendo o mesmo medo deste ano que eu. Isso não é estranho? ^^

Este começo de ano está sendo muito diferente para mim, os meus amigos estão tomando caminhos diferentes do meu, e eu nem sei mais o que quero fazer da minha vida. Olhando o seu post, não consegui não pensar em tudo o que está acontecendo na minha vida. Eu também acho que os meus amigos são bem mais fortes que eu, eles são mais jovens que eu, mas conseguem encarar o futuro de uma forma tão mais madura e firme, enquanto eu só vivo em dúvida, fechando com força os punhos, mordendo os lábios e seguir em frente de cabeça baixa. Sabe a única coisa que eu consigo fazer? é segurar o choro e dizer "Está tudo bem..."

Os momentos mais legais e felizes da minha vida são os que eu passo com os meus amigos. Quando a gente fica andando pelo shopping, quando a gente vai assistir algum filme juntos e nem prestamos atenção, só conversamos; amo as nossas conversas, amo quando deitamos no chão e olhamos as estrelas cantando "Because". Nunca vou esquecer muitas coisas, descobertas, brincadeiras, sinceridades, tantas coisas que tornaram o ano de 2009 tããão especial para mim...

Agora, espero somente que a nossa amizade continue tão forte este no e a sua com os seus amigos também.

Desculpa se eu falei tanto de mim neste post. É que eu começo a falar e... =D

João "Johnny" Roberto disse...

Só outra coisa: qualquer coisa que precisar, dúvidas de como mexer no blogspot ou conselho, pode me falar comigo.
Vou deixar aqui o meu e-mail: atila_frank_ms@hotmail.com

Se não tiver msn, pode mandar um e-mail, que eu respondo.

Beijos.

Antes de ir definitivamente, só queria dizer que estou adorando o seu blog e que não deixa de postar, continue-o em frente. Blogs sempre lhe trazem bons retornos. Agora, vou mesmo.=D

ceren disse...

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