segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Hey, eu só tinha...


... oito anos.

Era uma pirralhinha feia e magricela; com olhos sinceros e grandes – como toda e qualquer criança deve ser. Eu era uma garota normal com tarefas, impostas por mim mesma, a cumprir. Tinha uma mente boba e ao mesmo tempo brilhante para me meter em encrencas, tudo que meio muito “Os Batutinhas”. É, exatamente.

Hoje; tenho dezessete, um batom vermelho nos lábios, um humor sádico, e a vontade de deixar tudo e ir morar numa montanha alta. Não mudei nada, digo, talvez meus olhos tenham deixados de ser tão expressivos quanto eram naquela época. Ou, talvez, eu tenha me tornado muita mais cética do que gostaria... Entretanto, eu continuo sendo aquela garotinha com muitas tarefas, e minha mente continua insuportavelmente boba e criativa. Minha imaginação continua sendo guiada por fantasias que não encontramos por aí, porque eu decidi isso e sou idiota o suficiente para aceitar esse fato. Mas esse não o ponto do post.

O ponto central é: Hey, eu só tinha oito anos e hoje tenho dezessete, e foram nove anos da minha vida. Exatamente isso.

Nove anos da minha vida. Nove anos de chororô, de desculpas esfarrapadas, de risadas desdenhosas que te machucam e, principalmente, noves anos de alegrias eternas - porque, claro, isso é o que realmente importa. É com isso que eu quero me importar. Nove anos de "Juro solenemente não fazer nada de bom.". Nove anos gritando "HARRRRYYYYYYYYY! Cuidado, meu bem.”. Nove anos de risadinhas; de ler livros escondida do pai em algum canto da casa, sim, isso mesmo; de pessoas me olhando torto; de ouvir minha avó, e mais um batalhão de gente, dizendo: “Isso é coisa do capeta.”. Foram bons anos, e eu não me arrependo de nada. Nadinha.

E eu me pergunto quantos milhares de pessoas não passaram e passam por isso, quantas pessoas já não escreveram isso em seus blogs e afins; ter o gostinho de conter toda a felicidade do mundo sem precisar de poção Felix Felicis, e, ao mesmo tempo, sentir uma tristeza sem tamanho. Um livro em mãos e ter certeza que você não quer nada mais que aquilo. Digo, mentira, ter certeza de que seu único pedido era que tudo aquilo se tornasse real, e que você pudesse sair dessa realidade que te sufoca.

Mas, depois de nove anos inteiros, seu pai vira para você e, com um jeito admiravelmente escroto e grosseiro, regado de desdenho e a vontade de vomitar; fala: Está na hora de crescer, você não acha?”

Terminando com um tom altamente torpe e o semblante carrancudo: “Chega de Harry Potter. Eu nunca vi tanta infantilidade em uma menina...”

Hey, Draco, não chora...


E, sejamos francos, eu nunca -nunca- senti tanta vontade de chorar... não que eu tenha conseguido. Ou, não pelo meu pai. Eu não senti vontade de chorar por ele; por ele ser tão... grosseiro. E, sim, porque ele(s) não consegue(m) enxergar o alvo central de Harry Potter - não que eu esperasse que ele pudesse vir a enxergar. As pessoas falam que Harry Potter é coisa de criança (ou do capeta rsrsrs), porque elas não conseguem enxergar o que está à um palmo de distancias de seus narizes feios. Elas são incapazes. E por ser incapazes dizem que é coisa de criança. Elas não podem enxergar o sentimento transmitido nos livros e filmes, porque não o tem. Só as crianças têm a sinceridade e inocência para tal ato. E eu também não tive vontade de chorar por isso - pela incapacidade alheia -, não sou tão altruísta assim. Tive vontade de chorar só pelo fato de ficar sem Harry Potter.

Quando não se tem nada, qualquer movimento brusco pode lhe tomar o pouco que tem... isso me desespera.

Primeiro post aqui nesse blog, nem tenho certeza se continuarei com ele mas...
Eu queria escrever algo diferente, bem otimista e charmosinho, porém, o assunto desse post não sai da minha cabeça. Enfim...

4 comentários:

Hide and Seek disse...

Continua com o blog sim! 8D

Eu achei o blog porque você seguiu um amigo meu e ele ficou feliz e me mostrou o seu blog e talz...

E eu adorei o jeito como você escreve. E _também_ foram oito anos da minha vida preenchidos com Harry Potter, só que no meu caso foi dos seis anos aos catorze. E... enfim, eu concordo com tudo que você disse sobre HP.

Espero que Harry Potter preencha a minha vida muito mais do que esses oito anos. Que preencha a minha vida para sempre (e a sua também q) XD

João "Johnny" Roberto disse...

Continua com o blog sim! 8D[2] rsrsrsrsrs
Não, sério, continue.^^

Esse foi o melhor primeiro post que eu li, sem contar que eu amei o seu blog desde o começo e... graças a você Nine in the Afternoon na minha cabeça direto, eu tive de abrir a minha playlist e colocá-la antes que o começasse a dançar sozinho... E eu tinha lutado tanto para sair do vício dessa música. Digo: quando eu vicio em uma música, eu não paro de escutá-la, escuto até a minha mãe gritar comigo e jogar o seu conjunto de xícaras na minha cabeça...

Ei, pera! Estou fugindo ao tema desse post!

Cara, eu também não entendo quem diz que HP é coisa de criança! A minha mãe já cansou de falar que eu tenho dezenove anos e não deveria estar lendo isso, blábláblá. Quem disse que eu ligo? Foram... *conta nos dedos* ...os melhores quase-nove-anos da minha vida.

Ainda lembro da primeira vez que li A Pedra Filosofal (o que o leu umas 10 vezes até ler A Câmara Secreta), lembro da depressão que eu tive com o lançamento de Relíquias da Morte e quanto enrolei para começá-lo a ler, pois tinha medo, afinal, era o ÚLTIMO, O FIM DE HP!!! ...E ainda lembro que me xinguei até a morte por ter enrolado demais quando eu o comecei a ler. Ainda lembro que eu o amei. Ainda lembro... ainda lembro...

Nem sei mais o que queria escrever... ^^

Enfim, continue! oO
Abraços.

Ah! Uma coisa: essa sua imagem é o Devit de D.Gray man?

Outra, essa é estranha: O M. Do seu nome é de? Eu apostei com uma amiga minha, que escreve igual a você e gosta das mesmas coisas, que o seu nome é Mônica...

Tangerina disse...

Continua com o blog sim! 8D[2]

ÁTILA, A IMAGEM É O DEVIT DE DGM, SEU RETARDADO. Fui eu quem te disse isso. Bobão. (sim, Átila é aquela criatura ali em cima)

Mas enfim. :D Ele ficou feliz porque você o segue e mandou o blog... E bem. Nine in the Afternoon ♥ D.Gray-man ♥ Harry Potter. Et coetera. Harry Potter preencheu minha vida desde o final-dos-cinco-anos até os 14 exatos. Enfim.

Você é uma pessoa meiga (?). Meu comentários não são úteis como os do Átila-bobão, mas eu tô aqui e é isso que conta. Quer dizer, tu já começaste com TRÊS comentários. Não tens do que reclamar.

Seja feliz /q

sare disse...

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